Pernilongo, bicho estranho.

domingo, março 22

Pernilongo, bicho estranho.
Já são quatro. Quatro marcas de pernilongo no meu rosto. Quanto tempo faz? Uns quatro dias? Talvez. Não lembro.
Há quanto tempo veio a primeira marca? Será que vieram duas ou três de uma vez só? Mas agora são quatro, aí eu percebi.
E são quatro marcas muito próximas. Vai entender. Será que significa que apenas um pernilongo me deixou quatro marcas? Um só? Ou quem sabe dois, três, quatro... E por que tão próximas?
Tenho um rosto tão grande, uma cabeça tão grande. Por que tão próximas? E ainda poderiam se aventurar pelo resto do meu corpo, esse não é muito grande, eu sei, mas poderiam. Agora tenho mesmo que aceitar as quatro marcas no meu rosto?

Pernilongo, bicho estranho.
Vai entender.
Mas deve ser muito chato entender sobre pernilongos. Não me interessa nenhum pouco. E será que eles entendem algo sobre mim?
Será que sabem como me intrigar? Será que me deixaram quatro marcas porque me odeiam ou por que me amam? Por que me deixaram quatro marcas? Será que se interessaram por mim quando eu não tinha marcas? Ou se interessam mais agora, que tenho quatro? Tomara que não, pois aí viriam a quinta, a sexta, a sétima e infinitas marcas.

Ou tomara que sim? Será que transmitem alguma doença? Ou quatro? Será que estou doente? Será que eles estão doentes e isso explica as quatro marcas tão próximas? Será que posso descobrir alguma doença? Será que existe pernilongofobia? Será que isso é coisa de horário, da estação climática, fase da lua, ou vegetação da região? Ou será tudo isso só uma piração minha?

Homem, bicho estranho.

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Texto escrito em 17/02/09.
P.S.: Ainda tenho uma marca do(s) tal(is) pernilongo(s)(?) no rosto.

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